

Rogério Toledo Arruda, nascido aos 09/09/1945, em Pirajuí, é descendente de tradicional família cafeeira de Jaú, ambas no interior paulista.
Em 2007 mudou-se para Paranapiacaba, e lá permaneceu até janeiro de 2012. Morou na chamada Parte Baixa, ou parte inglesa, e ajudou na restauração de sua residência – um histórico imóvel, feito de madeira e trazido pré-fabricado pelos ingleses, assim como os demais imóveis, que eram residências dos engenheiros e ferroviários da SPR.

Neste ano de 2016 mora em Rio Grande da Serra, no extremo do ABC paulista. É cidade simples e é a porta de entrada de Paranapiacaba.

É biólogo, formado pela USP, e dirigiu laboratório de microbiologia em Naviraí/MS.
Era responsável, junto com sua então esposa, pela multiplicação de fungo no combate à cigarrinha das pastagens.
Dentro da biologia tornou-se ecólogo.

Por que foi a Paranapiacaba?
Em sua infância por lá passou diversas vezes e guardou lembranças do fantástico sistema funicular que transportava os trens por cabos de aço no percurso da serra.
Ficava fascinado com tudo o que via quando o trem se encontrava em Paranapiacaba – a bonita estação, o pátio ferroviário, a fumaça e o apito das Marias-Fumaças, a neblina, a garoa e o agito do engata-desengata de vagões e carros. No trecho serrano também se encantava com os viadutos e o barulho imenso (mas delicioso) das polias que conduziam o cabo de aço.
Ao mudar-se para lá, seu encanto por essa vila foi fascinante.
Foi nessa ocasião que resolveu criar o site avilainglesa.com, onde poderia enaltecer não somente a vila, mas todo o seu entorno e todas as coisas a ela relacionadas – trilhas, cachoeiras, o cambuci, a mata atlântica e as festas; porém no fundo havia uma razão maior para toda essa dedicação – a ferrovia São Paulo Railway – SPR, construída pelos ingleses na longínqua década de 1860.
Enquanto fazia seus estudos no local, passou a aprofundar seus conhecimentos sobre a história dessa ferrovia, que foi a maior obra de engenharia no hemisfério sul, naquela ocasião.
Por esta razão, resolveu criar um novo site – exclusivamente relacionado com a história e importância social, econômica e política dessa ferrovia.
Surgiu, dessa forma, o atual site ferroviaspr.com.br.
Muitos pesquisadores já se dedicaram ao estudo dessa ferrovia – pesquisas essas de grande valor para todos os interessados nessa longa e tradicional história, no entanto, o grande destaque para todas elas sempre foi a informação técnica.
Já o autor não via sentido em se tornar apenas mais um.
Passou, então, a se dedicar ao estudo de todos os temas relacionados, direta ou indiretamente, à sua construção, tais como – a cultura cafeeira em São Paulo, o porto de Santos, a escravidão, a imigração em nosso estado, e outros mais .
Desses estudos surgiram as páginas deste site, onde colocou não apenas dados históricos, mas, sobretudo, sua visão emocional sobre o enorme impacto que todos esses temas tiveram na formação do Brasil – hoje, uma das mais fortes economias mundiais.
Em relação aos dados históricos acabou, por fim, a se tornar o único pesquisador a ir fundo na questão da construção dessa ferrovia.
Junto ao Arquivo Público do Estado de São Paulo (jornal Correio Paulistano) e Hemeroteca Municipal de Santos (jornal Revista Commercial) fez a coleta de interessantíssimas notícias sobre o dia-a-dia dessa construção, onde se podem ver as críticas quanto ao enorme dispêndio por parte do governo; as dificuldades técnicas encontradas; as reclamações da população quanto ao encaminhamento das obras; as brigas entre grupos de trabalhadores, bem como furtos e assassinatos por eles praticados.

Foi formado, assim, um acervo de cerca de 1.000 fotografias que será oportunamente disponibilizado aos internautas.
Nessas pesquisas ficou evidente a grande participação da mão-de-obra escrava na construção da São Paulo Railway, cuja construção foi uma grande saga em terras paulistas – a maior de todas após o bandeirantismo.
Espera, dessa forma, levar a todos, fatos históricos e emoções pessoais em relação à construção e operação da SPR.
